segunda-feira, 3 de junho de 2013

Proprietário de um dos navios detido pela Guarda Costeira já começou a por a boca no trombone

Proprietário de um dos navios detido pela Guarda Costeira já começou a por a boca no trombone

3 Junho 2013
Proprietário de um dos navios detido pela Guarda Costeira já começou a por a boca no trombone


O proprietário do navio “MT Duzgit Integrity” capturado pela guarda costeira são-tomense em Março passado, e que o Tribunal da Primeira Instância condenou por pratica de contrabando nas águas territoriais são-tomenses, já começou a fazer revelações.
Numa nota explicativa que fez chegar a redacção do Jornal Digital Téla Nón, a empresa turca Duzgit, proprietária do navio “MT Duzgit Integrity”, diz que está a acumular prejuízos erreparáveis. Há dois meses que o navio está retido em São Tomé aguardando pela decisão do Supremo Tribunal de Justiça. O Tribunal da Primeira Instância, condenou o navio pela prática e contrabando nas águas territorias são-tomenses, há 6 milhas da costa. Os advogados de defesa recorreram ao Supremo Tribunal de Justiça.
O tempo passa e a empresa da família Duzgit baseada na Turquia, soma prejuízos. Na nota explicativa emitida no dia 10 de Maio, assinada por Mentin Duzgit, e que chegou a redacção do Téla Nón, o proprietário do navio, diz que está a acumular prejuízo diário na ordem de 30 mil dólares. «Até este momento em que emitidos este documento já soma 1 milhão e 500 mil dólares. São perdas irrecuperáveis», suplica a empresa proprietária do navio “MT Duzgit Integrity”.
A empresa turca, manifesta também incerteza em relação ao futuro do comandante do navio, da tripulação, e sobre o destino do próprio navio. Uma situação de aflição que leva a administração da empresa turca, a revelar alguns aspectos antes desconhecidos do público são-tomense.
Revela que o anterior governo assinou acordo com uma empresa taiwanesa, para exploração de gás natural nas águas territoriais são-tomenses. A tal empresa taiwanesa colocou 4 navios ao largo da ilha de São Tomé desde Junho do ano 2012 até Dezembro de 2012. Segundo a empresa turca Duzgit, tais navios de grande porte, estariam em São Tomé para realizar testes de campo para as projectadas plataformas flutuantes de gás.
A empresa turca proprietária do navio, MT Duzgit Integrity, faz referência a esse negócio de porto flutuante, que afinal de contas, visava a exploração de gás natural nas águas territoriais são-tomenses, para explicar a intervenção que o seu navio teve junto aos barcos gigantes para exploração de gás, que estavam ancorados ao largo de São Tomé durante vários meses.
Foi em dezembro do ano 2012, que o MT Duzgit Integrity,recebeu ordens da empresa que contratou os seus serviços a StenaOIL, para abastecer os navios do famoso porto flutuante, que na altura registavam rotura no stock de combustível. Essa operação foi falada também no Tribunal a quando do julgamento. A operação ocorreu na zona do ilhéu das rolas há 3 milhas da costa são-tomense.
Com mais de 40 anos de experiência como armador de navios, a empresa turca proprietária do MT Duzgit Integrity, diz ser provável que « a principal razão para a estada desses navios(navios gigantes do falhado porto flutuante) em São Tomé, tenha sido para os esconder dos credores e de possíveis arrestos, pois alguns navios do mesmo proprietário já haviam sido arrestados em diferentes portos, por todo o mundo, em virtude de dívidas a bancos, fornecedores, tripulação entre outros», denuncia a empresa turca.
Na verdade, os 4 grandes barcos que estavam ancorados ao largo de São Tomé, abandonaram as águas nacionais, assim que o novo Governo liderado por Gabriel Costa tomou posse. Não pagaram a ENAPORT, empresa nacional de administração dos portos, dívidas que rondavam 300 mil dólares norte americanos, referentes às chamadas taxas de estacionamento.
Os navios da empresa taiwanesa Blueskay tinham assim desaparecido das águas nacionais. Mais tarde as novas autoridades governamentais, anunciaram que não eram 4, mas sim 8 navios que estavam ancorados ao largo das ilhas verdes. 4 mais próximos da ilha de São Tomé e outros 4 diambulavam pelo alto mar nacional.
Algumas semanas depois de ter zarpado de São Tomé, informações postas a circular, davam conta que a empresa Blueskai, com a qual o anterior governo, assinou acordo para explorar gás natural nas águas são-tomenses, exploração de porto flutuante, dentre outros negócios, declarou falência.
Facto que pode dar alguma sustentação a revelação agora feita pela empresa turca. Desta forma o mar territorial são-tomense, teria funcionado durante vários meses, como um abrigo para navios gigantes, que fugiam de dívidas espalhadas pelo mundo.
Preocupada com a situação do seu navio detido em São Tomé desde Março, a empresa turca explica que o “MT Duzgit Integrity” foi construído no ano 2008, opera com pavilhão de malta e tem capacidade de 10.735 toneladas.
O navio foi fretado em Março de 2011 pela empresa de fornecimento de combustível para navios, a StenaOIL AB, que faz parte do grupo sueco Stena Group.
A empresa turca proprietária do navio, foi fundada em 1966, tem longa experiência como armador. É a primeira vez que o seu nome está envolvido num caso judicial ligado a navegação marítima.
A empresa contesta duramente o processo judicial em curso. Diz que falta verdade em muitos aspectos debatidos no Tribunal da Primeira Instância. O país e o mundo aguardam pela decisão final do Supremo Tribunal de Justiça.

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