sexta-feira, 31 de maio de 2013

Presidente da UNITEL promete investimento sustentado para alavancar a economia nacional 30 Maio 2013

Presidente da UNITEL promete investimento sustentado para alavancar a economia nacional

30 Maio 2013
Presidente da UNITEL promete investimento sustentado para alavancar a economia nacional
Formação de jovens são-tomenses através da criação de um centro de formação técnica, é uma das acções que a UNITEL vai desenvolver no país. Isabel dos Santos, uma das mulheres mais ricas de África, visitou São Tomé e ficou conquistada pela beleza da ilha. É presidente da empresa de telecomunicações que vai concorrer com a CST.
Considerada como mulher mais rica do continente africano, a filha do Presidente de Angola, visitou São Tomé tendo sido recebida pelo Primeiro ministro Gabriel Costa e pelo Presidente Manuel Pinto da Costa.
Encontros que serviram para a Presidente da empresa angolana de telecomunicações UNITEL, falar do projecto de investimento previsto para São Tomé e Príncipe. O Estado são-tomense já concedeu a UNITEL licença para operar no mercado nacional, como a segunda operadora de telecomunicações.  «Os principais pontos que discutimos foi o nosso investimento cá, e sobretudo a formação de jovens em tecnologia, engenharia e gestores, também a criação de empregos para os jovens são-tomenses, estaremos na possibilidade de o fazer muito brevemente», declarou Isabel dos Santos, a saída do encontro com o Presidente da República, na quarta – feira.
A Presidente da UNITEL pretende promover acções sociais, que fomentem a economia e dêem lucros a sua empresa. «Vamos construir instalações, vamos construir um centro de formação técnica, vamos criar centros de apoio, queremos trabalhar com as empresas locais, criar empregos dentro da comunidade e ter pequenas empresas são-tomenses a trabalhar connosco neste investimento», pontuou.
Preferiu não avançar o valor do investimento a ser feito, porque «estamos a finalizar os dados, mas tão logo temos o número, anunciamos», frisou.
Promoção do desporto é uma das valências da UNITEL. Por isso a Presidente da empresa, visitou o centro de estágios de São Tomé, onde funciona a escola de futebol nacional com cerca de 200 alunos. «Achamos que o desporto e a cultura são actividades importantes, que completam a actividade económica que a empresa desenvolve», precisou um dos responsáveis da UNITEL.
Gustavo Clemente seleccionador nacional e professor da escola de futebol, realçou a importância da visita de Isabel dos Santos. «Não é todos os dias que podemos receber uma das pessoas mais importantes no circuito dos negócios em África. Foi imenso orgulho para mim e a minha academia receber esta visita», declarou.
Resultado da visita da liderança da UNITEL, a escola de futebol vai receber alguns equipamentos desportivos.
A ilha de São Tomé, já conquistou a considerada mulher mais rica de África. « Gostaria de regressar. O país é muito bonito, tem um potencial turístico fantástico, as praias muito belas, os montes muito bonitos, acho que é um dos países mais bonitos que já visitei até hoje», sublinhou.
Ilhas maravilhosas de São Tomé e Príncipe, conquistam investidores, para promover o seu progresso.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

ADI levantou poeiras na República di kitchibá

ADI levantou poeiras na República di kitchibá

30 Maio 2013

ADI levantou poeiras na República di kitchibá
Há males que vêm por bem. A ADI mudou o silêncio de mais de dois anos da antiga oposição parlamentar do trio MLSTP, PCD e MDFM em prol do controlo e da divulgação dos actos do actual executivo. Boa!
Na terça-feira, 14 de Maio, a opinião pública tomou conhecimento de que o partido ADI em São Tomé e Príncipe tinha em mãos documentos comprovando actos ilícitos na direcção das Pescas comprometendo ao próprio Ministro da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural, António Dias.
A notícia correu em flecha nos quiosques de Mé-Zóchi, distrito decisivo nos actos eleitorais, na medida que a ADI encarregou Alexandre Guadalupe, deputado representando esse distrito, a anunciar os actos de corrupção de um ministro, adversário político de casa pelo Partido de Convergência Democrática.
O deputado, um puto d’África a sentir os cabelos brancos do meio século da nossa África, foi peremptório em garantir que o seu partido, na manhã seguinte, iria dar entrada a queixa-crime na Procuradoria-Geral da República com cópias ao Presidente da República, Presidente da Assembleia Nacional e Primeiro-Ministro, numa demonstração de que todos, ainda somos alunos na escola da democracia e estamos atentos a tirar ilações para não repetirmos aos erros. Kem non akreditô fikô com dobra sem tróká!
Na manhã seguinte, Ilísio Teixeira, jurista e antigo ministro da Justiça do XIV Governo constitucional honrou as palavras do deputado do seu partido. Subiu queixa-crime a justiça, onde em vinte pontos, a ADI narra os actos lesivos a República, descritos em três acusações, todas puníveis no novo Código Penal são-tomense:
  • Crime de corrupção passiva para ato ilícito, artigo 452º
  • Crime de participação económica em negócio, artigo 459º
  • Crime de abuso de poderes, artigo 464º
Esses crimes são imputados aos responsáveis das pescas, nas pessoas dos senhores José Eva, Graciano Costa e Olavo Aníbal, todos mais ou menos da família do PCD, comprovando a partidarização da coisa pública no nosso Somos Todos Primos.
Os três quadros, sendo respectivamente, director das Pescas, chefe do Departamento de Investigação e Protecção dos Recursos Haliêuticos e Assessor do ministro, fundaram e refundaram ou reformularam, dentro do serviço de Estado, a sociedade de interesse privado passando a denominar de SOPESCOSER Lda. para ser parceira do Estado nas negociações com entidades estrangeiras, públicas e privadas, ao mesmo tempo que defende os negócios privados, usurpando as operações da empresa Equador, detentora do mercado nacional no agenciamento de navios que operam ou pretendam exercer nas águas territoriais de São Tomé e Príncipe.
O ministro António Dias, acusado de estar colado ao negócio do seus subordinados, ferido no seu empreendedorismo, veio a praça dizer do desconhecimento da empresa privada no seu ministério – que mandou desaparecer de imediato logo que tomou contacto com o alerta público de Alexandre Guadalupe – recordou as novelas de viagens do antigo ministro de ADI na pasta do Plano e Finanças que coordenava a Agricultura e Pescas e, trouxe aos são-tomenses os ganhos e as perdas dos números nas contas de cooperação com a União Europeia.
António Dias comparou “assinou-se (em Espanha com AGAC – Associação de Grandes Atuneiros Congeladores) um acordo de 350 mil dólares para 7 atuneiros quando recebemos com a União Europeia, qualquer coisa como 800 mil euros para 40 navios (que pescam sem controlo nacional). A equipa deveria cá vir para assinar o acordo. Por sobrecarga na agenda solicitou a disponibilidade da parte são-tomense em deslocar-se a Espanha e que pagariam todas as despesas. A agência Equador pagou as despesas com a viagem do ministro e do director das pescas, e eles suportariam os custos com a estadia. No entanto já em Espanha, a empresa disse que não poderia pagar nada e que deveríamos receber tudo através da empresa Equador» que não reembolsou ao Estado.
A Acção Democrática Independente que sustenta a sua queixa em actos de corrupção com números extrapolando dólares em euros e pelo meio a mendicidade mental africana na troca de mensagens Sul-Norte, declarou a imprensa e pela voz de Ilísio Teixeira «Viemos apresentar uma denúncia pública, uma vez que temos em mãos documentos que comprovam que há fortes indícios de prática de crime de corrupção. Tendo em conta que o director das pescas e os seus assessores criaram uma sociedade que emite licenças, cobra facturas e que o ministro viajou as expensas de uma empresa privada, para assinar um protocolo de cooperação no domínio das pescas, e privilegiou essa mesma empresa. Consideramos que há aqui actos que são ilícitos».
A sociedade civil corroborando ao desejo de ADI veio a rua pedir cabeça do ministro de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, naquilo que se chama de responsabilização política do acto, acusando-o de corrupto, usurpador de vinte minutos do jornal público e irritado perante a câmara televisiva.
O ministro António Dias, por sua vez, exigiu a justiça duas semanas no máximo para esclarecer a tudo, porque está certo que a ADI lhe vai indemnizar pelo desgaste, contrariando Ilísio Teixeira que lavou as suas mãos, dizendo “Que os factos sejam apurados. E politicamente, achamos que o ministro deve se demitir» e ponto final.
O PCD entrou no jogo através de um comunicado com dedos de mãos limpas de Sebastião Santos, membro da Comissão Política do partido a dar voltas as acusações de ADI, isentando e inocentando o seu ministro de qualquer culpa, virando as munições contra a Acção Democrática Independente, considerando de leviana a queixa-crime que pretende apenas neutralizar a energia juvenil do ministro empreendedor.
Assumimos aqui no Téla Nón e em várias secções o nosso distanciamento quanto a atitude deselegante e até sanzaleira de ADI na gestão de tudo quanto levou a queda do XIV Governo constitucional, enfraquecendo sobremaneira a nossa democracia, já de si penalizada em séries inéditas para o descontentamento da República apanhada sempre na linha zero do desenvolvimento.
Em tão pouco tempo e após o regresso ao activo, os deputados do povo filiados na Acção Democrática Independente e a sua direcção política mostraram o serviço feito, embora condoídos com a República das bananas – dieta alimentar dos são-tomenses – aquando de recordar o país de Adeístas governado por Gabriel Costa.
O partido ADI, enquanto oposição, deu sinais evidentes que está a fiscalizar os actos de governação na sua entrega a fiscalização e ao controlo da coisa pública. Não precisou usar ao habitual temporal com ventos há mais de trezentos quilómetros a hora, varrendo todos os edifícios da República. Palmas
Anunciou, explicou, queixou com documentos comprovativos da gestão ilícita e danosa e, remeteu-se ao silêncio como que alertar aos demais partidos da coligação – MLSTP e MDFM que marcaram fronteiras no trio governamental – de que o próximo que lesar aos interesses dos são-tomenses, também levarão como manda a lei num Estado de direito democrático.
Ficou claro, a perspectiva de que as eleições autárquicas e regional, ainda a decorrer neste ano, trarão resultados a esclarecer o lugar de ADI na cena política são-tomense que, conforme a leitura política pode vir a alterar o roteiro eleitoral, caso o actual poder venha a sair sem fôlego e beliscado nos cálculos antecipados da Acção Democrática Independente.
Pese agora, as poeiras pré-gravana vindas da semana passada e do Conselho de Estado a adiar «sine die» as eleições que, segundo o calendário eleitoral deviam realizar-se no Julho próximo.
Não somos partidários de adiamentos de eleições num país ao leve-leve, mas francamente, já é tempo dos deputados e dos partidos políticos, ao bem da democracia, reverem a lei eleitoral, uniformizando alguns dos actos eleitorais para evitar a ida anual dos são-tomenses a votos. A actualização dos jovens eleitores deve ser de forma automática, assim como outras e baixas devem ser cruzados os dados de várias instituições, cortando gastos que o país não pode suportar.
Até 2022, cumprindo ao actual figurino eleitoral, os são-tomenses serão convocados para cruxificarem-se em 2013, 2014, 2016, 2018, 2019, 2021 e 2022. Num período de 9 anos são 9, as eleições, já que, há anos com dois actos eleitorais em separado. Em 2010 e 2011, foram três, as eleições para não dizermos quatro idas a votos com a segunda volta das presidenciais. Anotaram o luxo!?
A democracia tem custos e é compreensível que a população desfavorecida, a maioria dos são-tomenses, espera momentos eleitorais para ser-lhes devolvido o tchiquila na posse dos políticos e seus agentes, mas a conjuntura internacional não compadece com as mãos estendidas dos são-tomenses para apenas mudarem todos os anos e tudo continuar na mesma.
Num regresso as poeiras que pairaram no ar são-tomense com troca de mensagens nas Pescas indiciando a mente escrava, habitual de um dos lados de assinatura de acordos com a África, é kôsa pa dizê, que no palco comemorativo do próximo 12 de Julho, os putos d’Áfricarepresentando as forças parlamentares e a própria sociedade civil, num gesto de agradecimentos aos fundadores, deverão discursar aos são-tomenses na Praça da Independência, num desafio radical com o tempo que correu demais para o país parado que lhes viu nascer há meio século com a África de liberdade e independência. 
Não estando a Nação azarada aos adiamentos, as festas cinquentenárias que correram o mundo e nas várias capitais europeias, antigas patronas africanas, São Tomé e Príncipe recebeu as boas-novas de Adis-Abeba, a sede internacional das comemorações do meio século da África.
A presidente Dilma Rousseff reescalonou as dívidas das ilhas para com o Brasil. Menos mal.
A França também lá esteve, na Etiópia, ao mais alto nível representada pelo presidente François Hollande, do qual os são-tomenses esperam um outro perdão ou injecção de milhões na empresa francesa CMA – CGM, consorcia do velho projecto dos portos de águas profundas de Fernão Dias para o relançamento económico das ilhas no mercado da sub-região como deixou claro que nem água, em Janeiro do ano passado, o então Primeiro-Ministro, Patrice Trovoada «Estamos a espera que até Julho ou Agosto este contrato arranque. Se depois de Agosto nada acontecer teremos que fazer outras opções em relação a Fernão Dias».
Concluiu que tudo é «fruto da opção que fizemos, este ano (2012) temos que arrancar com um porto ou cais em águas profundas. Se não tivermos o porto com a CMA-CGM, outra coisa teremos, porque pensamos que transmitimos hoje confiança suficiente aos investidores e a comunidade financeira internacional, para que nos siga neste objectivo de ter um porto em águas profundas» do qual na descontinuidade do Estado e na ausência da consciência nacional para debelar os graves constrangimentos do país, os são-tomenses no seu minúsculo habitat jamais tiveram notícias. Tudo caiu na água funda de Fernão Dias para memorial dos mortos de 1953.

BISTP tem nova sede anunciando o infinito

BISTP tem nova sede anunciando o infinito

30 Maio 2013

BISTP tem nova sede anunciando o infinito
A nova sede do Banco Internacional de São Tomé e Príncipe confere, um novo visual a praça da independência, e a baía de Ana Chaves. Com 50 mil clientes no mercado financeiro são-tomense, o banco privado participado pelo Estado são-tomense, pretende conquistar o mercado do Golfo da Guiné.
O BISTP, se destaca agora na praça da independência na capital são-tomense com um novo edifício de 7 pisos. O Banco privado que adotou o simbolo do infinito como sua nova imagem, tem 3 acionistas nomeadamente o Estado são-tomense, a Caixa Geral de Depósitos de Portugal considerada maior instituição bancária portuguesa, e o Banco Angolano de Investimentos, também indicado como sendo o maior banco da praça financeira angolana.
Segundo a administração, o BISTP domina o mercado são-tomense com 50 mil clientes. Foi o primeiro banco privado a abrir as portas no mercado financeiro são-tomense, e actuou sozinho durante 10 anos.
Actualmente com 20 anos de idade, assinalado no passado dia 3 de Março, o BISTP sente que tem o presente nas mãos, e para conquistar o futuro, pretende saltar as fronteiras são-tomenses em direção a região do Golfo da Guiné. «Acreditamos que ao fazermos isso ajudaremos a integração regional tornando STP como desejam o Presidente da República e demais autoridades nacionais, num entreposto não de escravos, como foi há 500 anos, mas um entreposto de serviços na sub-região e de preferência de países que sejam, ou que brevemente estejam para entrar na CPLP», declarou João Cristóvão, administrador do BISTP.
O novo edifício inaugurado pelo Presidente da República Manuel Pinto da Costa, dignifica a praça financeiro são-tomense. «Vai de encontro aos objetivos de fazer de STP um centro de negócios capaz de atrair gentes da região do golfo da Guiné, e sobretudo que o BISTP esteja em condições de ajudar a reforçar os nossos agentes económicos para que eles possam jogar um papel importante e decisivo no desenvolvimento económico do nosso país e que seja um órgão de ligação com os países vizinhos como a Guiné Equatorial. Está a ver o BISTP ter uma agência na Guiné Equatorial? Isso iria facilitar bastante àquilo que o Governo são-tomense pretende que é o maior fluxo de pessoas e negócios entre a Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe. Eu desejo ao BISTP sucessos», afirmou o Presidente da República.
O Primeiro Ministro Gabriel Costa que também marcou presença no acto de inauguração, prometeu incentivar acções deste tipo. «Nós estamos aqui, enquanto Estado para poder apoiar para poder interagir, com os bancos no sentido da transformação de São Tomé e Príncipe numa praça financeira porque a nossa posição geoestratégica oferece todas as condições para que assim o seja», frisou,Gabriel Costa.
A administração do BISTP, disse que a quota de mercado do banco, é a maior em todos os indicadores. Prometeu construir um novo edifício na ilha do Príncipe, onde também está presente desde a década de 90.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

PR propõe a realização das eleições autárquicas e regional em simultâneo com as legislativas de 2014

PR propõe a realização das eleições autárquicas e regional em simultâneo com as legislativas de 2014

29 Maio 2013

PR propõe a realização das eleições autárquicas e regional em simultâneo com as legislativas de 2014
No último dia em que a lei exige ao Chefe do Estado, a marcação das eleições autárquicas e regionais para o mês de Julho, Pinto da Costa falou a nação. Anunciou uma proposta, chamou atenção para se aprender com os erros cometidos, e considerou o adiamento das eleições locais como um mal menor.
Não há condições, nem técnicas, nem materiais, nem financeiras para a realização das eleições autárquicas e regional no próximo mês de Julho. Facto provado pela própria comissão eleitoral nacional, na recente reunião do Conselho de Estado. Os conselheiros do Estado reconheceram a situação.
O Presidente da República, que por competências constitucionais deve marcar a data das eleições, reagiu numa comunicação a nação. «É meu entendimento que adiar as eleições, lavando as mãos das circunstâncias concretas que afectam a sua organização, é um mal menor do que marcar uma data para o acto eleitoral e depois o país não conseguir realizá-lo», precisou o Chefe de Estado.
Apesar dos constrangimentos técnicos, logísticos, material e financeiro, Pinto da Costa, realçou o constrangimento que teve mais peso na sua decisão de adiar a marcação da data das eleições para o poder local em São Tomé e regional na ilha do Príncipe. «Existe um que considero ser incontornável e que teve um peso determinante na formação da minha decisão.  Como todos sabem a lei eleitoral prevê a actualização dos cadernos eleitorais através de recenseamento que se deve realizar, anualmente em Março cumprindo, dessa forma, o comando constitucional previsto no artigo 58 segundo o qual têm direito de sufrágio todos os cidadãos maiores de 18 anos.
Não se realizando esse recenseamento eleitoral desde 2010, há mais de 3 anos, portanto, tal significaria, na prática, caso se realizassem já as eleições, admitir a existência de cidadãos de primeira e cidadãos de segunda. Os primeiros com direito a votar os segundos, tendo completado entretanto 18 anos, sem direito a voto por uma razão meramente administrativa.
Tal discriminação viola claramente um dos princípios basilares de qualquer Estado de Direito e da nossa ordem constitucional que é o princípio da igualdade, previsto no artigo quinze da constituição, segundo o qual todos os cidadãos são iguais, perante a lei, gozando dos mesmos direitos e estando sujeitos aos mesmos deveres. Tal situação afectaria milhares de jovens o que não me parece ser admissível numa democracia que se quer com conteúdo para além dos seus aspectos formais», sulinhou.
O Chefe de Estado, tem uma proposta para resolver a questão. « Nesse pressuposto e atendendo à situação económica e social que o país atravessa decidi propor aos partidos políticos a realização em simultâneo das eleições legislativas, autárquicas e regional no Príncipe, tendo como base o próximo recenseamento eleitoral e a actualização dos cadernos eleitorais daí decorrente, em data a anunciar logo que esteja ultrapassada a ausência de condições técnicas, materiais e financeiras que nos conduziram à actual situação.
Para além da poupança em recursos financeiros que tanta falta faz ao país e ao povo julgo que seria ainda possível proceder à revisão da lei eleitoral no sentido de promover um combate mais eficaz ao fenómeno “banho” e consagrando finalmente, essa antiga e justa aspiração, que é a representação da diáspora na Assembleia Nacional», detalhou.
Um adiamento que segundo Manuel Pinto da Costa, deve também abrir oportunidade para  reforma do funcionamento da Comissão Eleitoral. Por outro lado evitará despesas. «O adiamento das eleições para os órgãos do poder local e regional implica que o país tenha que realizar num curto espaço de poucos meses, dois actos eleitorais, uma vez que estão previstas eleições legislativas em 2014, com a duplicação de custos que tal situação implica num quadro de escassez de recursos financeiros agravado pela crise económica internacional que continua a persistir. Acresce, ainda, que no calendário eleitoral o país terá que realizar, até 2022, 8 eleições gerais em 9 anos, facto que deve ser alvo de uma reflexão, cuidada e serena, que deve envolver não só a classe política como toda a sociedade civil»

terça-feira, 28 de maio de 2013

Instituto da Droga e da Toxicodependência denuncia aumento do consumo da cannabis e trafico da cocaína

Instituto da Droga e da Toxicodependência denuncia aumento do consumo da cannabis e trafico da cocaína

28 Maio 2013

Instituto da Droga e da Toxicodependência denuncia aumento do consumo da cannabis e trafico da cocaína
Nos últimos dois anos, São Tomé e Príncipe, conheceu importante subida de consumo da cannabis. O instituto registou 200 jovens consumidores, contra apenas 57 no ano 2010. Trafico da cocaína tornou-se nos últimos dois anos, numa realidade que segundo o Instituto não pode ser ignorada.
O aumento da criminalidade, sobretudo de carácter violento, que se começou a registar com maior evidência no país desde 2011, tem por sinal um combustível muito forte, a DROGA. O Instituto da Droga e da Toxicodependência, através da sua Directora Ivete Lima, mostrou no programa “Cartas na Mesa” de São de Deus Lima, os números que confirmam a explosão do consumo e trafico de drogas em São Tomé e Príncipe nos últimos dois anos.
Segundo a Directora Ivete Lima, até o ano 2010, o Instituto registava entre 20 à 57 consumidores da cannabis. Nos últimos 2 anos, o consumo da cannabis disparou. «Neste momento temos cerca de 200 jovens e estes são os que foram identificados, com idades compreendidas entre os 16 e os 36 anos que são consumidores», precisou a Directora do Instituto da Droga e da Toxicodependência.
Nos últimos 2 anos, a droga avançou para as escolas, chegou aos agricultores e conquistou os motoqueiros. Estratos sociais em que o Instituto tem registado bom número de consumidores. No fundo em 2 anos a droga infestou a sociedade de forma surpreendente.
O instituto indicou o distrito de Mé-Zochi, como principal centro de plantio da cannabis e o distrito de Água Grande, como a região onde há mais postos de trafico e de venda.
Por outro lado nos últimos 2 anos «o trafico da cocaína se tornou numa realidade que não pode ser ignorada», assegurou a  Directora do Instituto da Droga e da Toxicodependência.
Lázaro Afonso, criminologista, ex-Director da PIC, que nos últimos 2 anos, liderou a secção da Polícia de Investigação Criminal, sobre drogas foi peremptório. «Sabemos que tem entrado a cocaína no país. Parte fica, parte sai. É verdade que sai em pequenas quantidades para não levantar suspeitas», referiu.
Desde finais de Setembro do ano 2012 que chegaram a redacção do Téla Nón, dados de fontes policiais bem posicionadas, que incluem pessoas influentes, algumas nacionais, outras estrangeiras e estrangeiros naturalizados são-tomenses numa rede internacional de tráfico de droga(cocaína) que tem São Tomé e Príncipe como uma das âncoras de conexão.
Prova da operacionalidade da rede, segundo a fonte policial, foi a detenção de pessoas que transportavam cocaína no organismo, as chamadas Mulas. Nos últimos dois anos, o cheiro da cocaína pura, tornou-se mais forte em São Tomé e Príncipe, como ponto de entrada e passagem para outros mercados, e o fumo da cannabis mais intenso, nos bairros residenciais, discotecas, e outros locais, estimulando assaltos a luz do dia e outros crimes violentos.
Em Setembro de 2012, a fonte policial que conversou com o Téla Nón, recordou que a situação que hoje se vive na Guiné Bissau, teve um começo igual, a que se regista em São Tomé e Príncipe. Talvez por isso, os convidados do Programa “Cartas na Mesa”, foram unânimes em considerar que o crescente consumo e trafico de drogas, « pode por em causa a nossa democracia».

Ministra da Justiça recusa permitir que São Tomé e Príncipe se transforme num narcoestado

Ministra da Justiça recusa permitir que São Tomé e Príncipe se transforme num narcoestado

28 Maio 2013
Ministra da Justiça recusa permitir que São Tomé e Príncipe se transforme num narcoestado
Edite Ten Jua, que assistiu na segunda – feira, a queima de drogas que foram apreendidas pela Polícia de Investigação Criminal, garantiu empenho do governo na luta para impedir que as ilhas verdes de São Tomé e Príncipe, chamadas também de maravilhosas, se transforme num narcoestado.
A avalanche da Droga no país nos últimos 2 anos, ameaça os alicerces do Estado de Direito Democrático. Exemplos disso são conhecidos na África Ocidental.
Os dados sobre o consumo da cannabis e da entrada e passagem da cocaína no território nacional, a partir de finais de 2010, preocupam o Governo que decidiu queimar drogas apreendidas pela PIC desde 1995, para demonstrar a sua determinação em dar luta. «Hoje é um dia importante para São Tomé e Príncipe e para a Justiça em São Tomé e Príncipe. O facto de estarmos aqui a fazer a queima esses estupefacientes é um sinal claro da nossa luta contra o trafico de Droga em São Tomé e Príncipe, e a recusa de permitir que São Tomé se torne num narcoestado», declarou a ministra da Justiça na lixeira da Penha onde as drogas foram queimadas.
Foram 11 quilos de AXI apreendidos em 1995, 2 quilos e 400 gramas de marijuana também em 1995, e 250 gramas de medicamentos contendo heroína apreendidos no ano 2010. Drogas avaliadas em 500 mil dólares. Tudo lançado ao fogo, numa demonstração de que o executivo não quer conviver com drogas.
A Ministra da Justiça prometeu agir no sentido de apetrechar a PIC com meios para lidar com o trafico de droga. Apesar das limitações financeiras, a Ministra da Justiça, disse que algo deve ser feito, mesmo com recurso a cooperação internacional.

 Hernane Ramos
                       Rendimento Social de Inserção

O Rendimento Social de Inserção é um apoio para indivíduos e famílias com escassos rendimentos, constituído por uma prestação em dinheiro para satisfação das necessidades básicas e um Programa de Inserção para ajudar à integração social e profissional.
 As pessoas que estão a receber o Rendimento Social de Inserção assinam um acordo com a Segurança Social onde se comprometem a cumprir o Programa de Inserção.
As alterações agora publicadas aos regimes jurídicos de proteção social no desemprego, morte, dependência, rendimento social de inserção, complemento solidário para idosos e complemento por cônjuge a cargo, do sistema de segurança social, foram aprovadas em dezembro em Conselho de Ministros.
No documento está definido que, no que diz respeito às prestações sociais, o valor do Rendimento Social de Inserção é fixado em 42,495 por cento do valor do Indexante dos Apoios Sociais, o que dará 178,15 euros.
Os últimos dados do Instituto da Segurança Social relativos a novembro de 2012, davam conta de 282.541 beneficiários desta prestação social.
O número de famílias com direito a este subsídio baixou em novembro relativamente a outubro, tendo passado de 112.572 para 111.932, respetivamente.
Já em relação ao Complemento Solidário para Idosos (CSI), o decreto-lei define que o valor de referência é fixado em 4909 euros por ano, acrescentando que a "esmagadora maioria dos beneficiários viu a sua pensão ser aumentada, em média, quatro por cento".
As alterações ao RSI e ao CSI aplicam-se às relações jurídicas prestacionais em curso e obrigam a que, depois da entrada em vigor do diploma, sejam recalculadas ou reavaliadas as condições de atribuição das prestações, consoante o caso.
Podem requerer o Rendimento Social de Inserção os indivíduos e famílias em situação de grave carência econômica e que satisfaçam as restantes condições de atribuição previstas na lei.
No meu ponto de vista vejo que quem mais usufrui deste tipo de subsidio são as pessoas que tem mais emprego com bom meio financeiro, e são pessoas que não deveria receber esse tipo de ajuda.
Esses tipos de ajuda também não deveriam ser aplicadas aos indivíduos que não trabalhão por vontade própria.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Conselho de Estado, considerou por unanimidade que não há condições para realização das eleições autárquicas e regional em Julho próximo

Conselho de Estado, considerou por unanimidade que não há condições para realização das eleições autárquicas e regional em Julho próximo

23 Maio 2013

Conselho de Estado, considerou por unanimidade que não há condições para realização das eleições autárquicas e regional em Julho próximo
Os conselheiros do Presidente da República Manuel Pinto da Costa, sugeriram que a Comissão Eleitoral Nacional, estabeleça uma agenda de trabalho, que permita a realização das eleições para o poder local em São Tomé e para o Governo Regional da Ilha do Príncipe.
O Presidente da Comissão Eleitoral Nacional, Victor Correia foi convidado a participar na reunião do Conselho de Estado, onde informou aos conselheiros, «da subsistência da ausência de condições técnicas, materiais e financeiras para a realização das eleições autárquicas e regional», declarou João Carlos Silva, porta-voz do Conselho de Estado.
Segundo ainda o porta-voz do Conselho de Estado «na sua análise o Conselho de Estado considerou por unanimidade, não haver condições objectivas para a marcação das eleições autárquicas e regional de 2013, nos termos legalmente previstos».
Como solução para a situação, o Presidente da República foi aconselhado, por unanimidade dos membros do seu órgão de consulta, «a exercer a sua magistratura de influência junto dos órgãos de Estado com competências sobre a Comissão Eleitoral Nacional, para que esta instituição estabeleça uma agenda de trabalhos tendo em vista a criação urgente das condições indispensáveis à realização das eleições autárquicas e regional credíveis, transparentes e pacíficas para todos, eleitores, eleitos, e a população em geral», concluiu o porta-voz do conselho de Estado.
A reunião do Conselho de Estado decorreu no Palácio do Povo. Dentre os Conselheiros presentes destaque para o ex-Presidente Miguel Trovoada, e a ausência de Fradique de Menezes também ex-Presidente da República.

Dia de África é “um símbolo de liberdade”

Dia de África é “um símbolo de liberdade”

27 Maio 2013

Dia de África é “um símbolo de liberdade”
Na mensagem por ocasião do dia do continente africano celebrado na última sexta – feira, o Presidente da República Manuel Pinto da Costa, considerou 25 de Maio como um símbolo do “querer e da vontade inabalável dos povos Africanos encontrarem o seu caminho, fazerem as suas escolhas e, assim, conquistarem o seu destino”.
Mensagem de Sua Excelência o Presidente da República, Dr. Manuel Pinto da Costa, por ocasião do Dia de África
25/05/2013
Celebra-se hoje o dia de África, data que assinala o nascimento em 1963 da Organização da Unidade Africana.
Mais do que uma data este dia é um verdadeiro símbolo.
Um símbolo de liberdade, de querer e da vontade inabalável dos povos Africanos encontrarem o seu caminho, fazerem as suas escolhas e, assim, conquistarem o seu destino.
É, sobretudo, um símbolo da luta dos povos do continente Africano pela sua independência e pelo seu direito natural à autodeterminação.
Quando em 25 de Maio de 1963, 32 Chefes de Estado reunidos em Adis Abeba, decidiram constituir a Organização da Unidade Africana, hoje em dia União africana, estavam, ao mesmo tempo, a construir um marco que permanecerá para sempre na história universal como um sinal inequívoco da vontade dos povos Africanos de tomarem o futuro nas suas mãos.
Essa é uma ideia que persiste até aos nossos dias e uma conquista irreversível que temos que saber preservar e merecer.
A solidariedade entre os povos deste vasto continente, o segundo em população e extensão no mundo, pode e deve constituir o cimento que há-de permitir ao nosso continente ocupar o lugar que merece neste mundo globalizado e em que o multilateralismo deve prevalecer nas relações internacionais.
50 anos depois desse movimento que conduziu à libertação política de todo um continente continuam a persistir graves dificuldades que não podemos omitir.
Não podemos nem devemos ignorar os milhões de Africanos que ainda sofrem diariamente as consequências do subdesenvolvimento.
A fome e a miséria, as doenças endémicas, que ainda afectam largas camadas das populações, as mudanças políticas inconstitucionais, o impacto das mudanças climáticas, são alguns sinais incontornáveis da existência de um longo caminho a percorrer para que África alcance a sua a total emancipação traduzida em desenvolvimento e bem-estar dos seus povos.
Mas não nos podemos também esquecer que a conquista desse valor supremo da condição humana que é a Liberdade é a base que tudo torna possível e que, dessa forma, alimenta a confiança e a esperança num futuro de prosperidade para todos os filhos deste continente imenso que foi o berço da humanidade.
Ao celebrarmos este dia histórico do Jubileu da União Africana honremos a memória de todos, os que com a sua acção lutaram e continuam a lutar pela dignidade e identidade do nosso continente,  recordando nomes como Kenyatta, Abrahams, Selassié, Nasser,  Azikiwe,  Nyerere,  Kaunda,. NKrumah, Touré, Cabral, Bella, Mondlane, Bourguiba, Neto, Lumumba, Mandela e tantos outros que constituem verdadeiros exemplos para as novas gerações da luta pela concretização de um ideal de paz, concórdia, união, solidariedade e desenvolvimento que temos de renovar permanentemente.
Celebremos pois este dia da libertação de África com orgulho, o orgulho de sermos Africanos.
Essa será, hoje e sempre, a melhor forma de honrarmos todos aqueles que deram a sua vida pela nossa liberdade.

 Hernane Ramos

Obras de protecção costeira evitam que a região norte de São Tomé fique isolada do resto da ilha

Obras de protecção costeira evitam que a região norte de São Tomé fique isolada do resto da ilha

26 Maio 2013
Obras de protecção costeira evitam que a região norte de São Tomé fique isolada do resto da ilha
As obras de protecção costeira financiada pela União Europeia estendem-se por 16 quilómetros da estrada que liga a cidade industrial de Neves à capital do país. Uma estrada sinuosa que ao longo dos anos, foi registando derrocadas e o consequente corte da ligação entre a região norte e o resto da ilha de São Tomé.
É uma estrada sinuosa, construída na era colonial entre rochas acidentadas que caracterizam parte da região norte e o mar. É a única via de ligação entre o norte e o resto da ilha de São Tomé
Nos últimos anos, entrou em avançado estado de degradação, marcada por derrocadas e aluimento do asfalto. O mar também foi corroendo as estruturas da estrada. Perigo iminente que começou a ser tratado com obras de protecção da orla costeira, financiada pela união europeia no valor de 6 milhões e 600 mil euros.
Confinada entre rochas e o mar, a estrutura de base da estrada está a ser reforçada com betão armado de altura superior a 6 metros, para dar suporte impedindo que a violência das ondas do mar, provoque aluimento da sua estrutura de base. O betão armado vai permitir também o aumento da largura da estrada.
A parte superior bastante acidentada vai merecer tratamento especial, para evitar as constantes derrocadas que ciclicamente cortam a ligação entre a região norte e o resto da ilha de São Tomé. É comum torras de madeira de grande porte deslizarem das rochas até a estrada. Pedras enormes também rebolam, em direcção a estrada.
Sem a estrada número 1, o país fica privado do abastecimento em combustíveis. É na cidade de Neves onde se localizada o reservatório de combustíveis, da ENCO. A mesma cidade onde estão instaladas outras unidades industriais ou semi- industriais, nomeadamente a pesca semi-industrial e a única cervejeira do país, a Rosema.
As obras de protecção da estrada número 1, estão a ser executadas pela empresa portuguesa Soares da Costa. Terminam dentro de 1 ano e estendem-se por 16 quilómetros, desde a cidade de Guadalupe no centro de São Tomé, até Neves no norte.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A Situação dos Jovens Universitários São-tomenses Descendentes de Cabo-verdianos (JUSDC) em Cabo verde no tocante à sua Identidade e Integração


A Situação dos Jovens Universitários São-tomenses Descendentes de Cabo-verdianos (JUSDC) em Cabo verde no tocante à sua Identidade e Integração

23 Maio 2013
A Situação dos Jovens Universitários São-tomenses Descendentes de Cabo-verdianos (JUSDC) em Cabo verde no tocante à sua Identidade e Integração
Os jovens universitários são-tomenses descendentes de cabo-verdianos são filhos, netos e bisnetos dos cabo-verdianos que emigraram para as roças de S. Tomé e Príncipe a partir de 1940, altura em que o arquipélago de Cabo Verde passou por circunstâncias dramáticas, nomeadamente crises cíclicas, falta de chuva e prática agrícola insuficiente.
Em 2007 começaram a desembarcar em Cabo Verde a fim de fazerem a formação superior sob a responsabilidade do governo deste país.
O apoio a esses jovens para a formação superior em Cabo Verde foi uma estratégia criada pelo supracitado governo para ajudar a diáspora cabo-verdiana em S. Tomé e Príncipe.
Identidade e Integração dos JUSDC em Cabo Verde
Importa referir que do ponto de vista sociológico “toda e qualquer identidade é construída”, como afirma CASTELLS (2007: 4).
Em Cabo Verde, os jovens em causa identificam-se como são-tomenses por uma série de razões, a saber: Serem vistos e tratados como tal, terem nascido e crescidos em São Tomé e Príncipe e constituirem uma minoria em relação aos cabo-verdianos nascidos em Cabo Verde.
Na verdade, a questão de se identificarem como são-tomenses ou cabo-verdianos depende dos interesses dos actores sociais e das relações tecidas com e nos grupos sociais. Isso porque, os que possuem a nacionalidade cabo-verdiana identificam-se também como cabo-verdianos em termos de identidade jurídica (bilhete de identidade), tirando proveito das vantagens da referida nacionalidade quando necessário (constituindo também um meio para atingir um fim). Neste sentido, consideramos numa perspectiva sociologica, a identidade como uma “máscara de disfarce”.
O facto de serem vistos e tratados como são-tomenses pela sociedade cabo-verdiana faz com que construam a sua imagem como são-tomenses. Daí que SAINT-MAURICE (1997) chama atenção para o conceito de “imagem” como resultado da representação do seu próprio “eu” (no caso de identidade pessoal) ou do “nós” (no caso da identidade social). Por diferença ou oposição e na interacção com a sociedade receptora (cabo-verdiana), os estudantes constroem a sua identidade, ou seja, marcam a sua exterioridade a partir das representações que fazem dos outros e de si próprios, independentemente da sua vontade.
O conceito de identidade é um produto de interação social múltiplo, visto que  os universitários são-tomenses descendentes de cabo-verdianos constroem a sua identidade na interação com a comunidade são-tomense e cabo-verdiana.
Nestes casos, ficam com um pé numa cultura e outro noutra. Na óptica de PAIS (2009) são “seres diatópicos”, articulam e desarticulam identidades nas suas interacções, identificando-se ora como são-tomenses, ora como cabo-verdianos. Sendo assim, as suas identidades, cujo carácter é flexível e dinâmico, são forjadas pela síntese de uma multiplicidade de contribuições culturais são-tomenses e cabo-verdianas e não apenas por uma única referência cultural. As fronteiras que os separam das duas culturas são movíveis, e essa mobilidade depende da imagem que os mesmos têm de si próprios e também da que fazem de si quando confrontados com o outro, o que nos leva a dizer que esses universitários possuem uma“identidade líquida”.
Pelo facto de serem estudantes e, consequentemente, fazerem parte de uma elite intelectual e de, por causa disso, terem um “status social” diferente dos outros imigrantes (diga-se de passagem que nesse aspecto são privilegiados), a  sua integração processou-se de forma suave, equilibrada e consciente. Apesar de as suas relações serem tecidas em diferentes grupos sociais, nunca perderam a sua identidade, visto que é algo socialmente construído. Sendo assim, importa realçar que eles sabem salvaguardar os seus direitos.
Não obstante algumas dificuldades relacionadas com o afastamento da terra natal, estilo e condições de vida dos cabo-verdianos e bolsas de estudos, de um modo geral estão bem integrados na sociedade cabo-verdiana, pois estão a par das ocorrências, têm o apoio da comunidade em que estão inseridos, respeitam e são respeitados, não são discriminados,  têm oportunidades para participar nas actividades, grupos, em  movimentos e  relacionam-se bem com os indivíduos da sociedade acolhedora.
O facto de eles terem encontrado familiares que lhes atribuíram algum tipo de apoio (moral, material e/ou financeiro) constitui um factor importante, mas não determinante no tocante à sua integração em Cabo Verde. Isto porque há outros factores que têm também o seu peso nessa questão, casos de participação em associações, movimentos, actividades ou grupos de bairro e prática desportiva. Porém, gostaríamos de salientar que cada um desses aspectos individualmente não determina a integração dos universitários em questão, pois para que essa integração se efective de facto é necessária uma conjugação de factores.


Conselho de Estado, considerou por unanimidade que não há condições para realização das eleições autárquicas e regional em Julho próximo

23 Maio 2013
Conselho de Estado, considerou por unanimidade que não há condições para realização das eleições autárquicas e regional em Julho próximo
Os conselheiros do Presidente da República Manuel Pinto da Costa, sugeriram que a Comissão Eleitoral Nacional, estabeleça uma agenda de trabalho, que permita a realização das eleições para o poder local em São Tomé e para o Governo Regional da Ilha do Príncipe.
O Presidente da Comissão Eleitoral Nacional, Victor Correia foi convidado a participar na reunião do Conselho de Estado, onde informou aos conselheiros, «da subsistência da ausência de condições técnicas, materiais e financeiras para a realização das eleições autárquicas e regional», declarou João Carlos Silva, porta-voz do Conselho de Estado.
Segundo ainda o porta-voz do Conselho de Estado «na sua análise o Conselho de Estado considerou por unanimidade, não haver condições objectivas para a marcação das eleições autárquicas e regional de 2013, nos termos legalmente previstos».
Como solução para a situação, o Presidente da República foi aconselhado, por unanimidade dos membros do seu órgão de consulta, «a exercer a sua magistratura de influência junto dos órgãos de Estado com competências sobre a Comissão Eleitoral Nacional, para que esta instituição estabeleça uma agenda de trabalhos tendo em vista a criação urgente das condições indispensáveis à realização das eleições autárquicas e regional credíveis, transparentes e pacíficas para todos, eleitores, eleitos, e a população em geral», concluiu o porta-voz do conselho de Estado.
A reunião do Conselho de Estado decorreu no Palácio do Povo. Dentre os Conselheiros presentes destaque para o ex-Presidente Miguel Trovoada, e a ausência de Fradique de Menezes também ex-Presidente da República.

Mãe terá vendido um casal de gémeos a troco de 5 milhões de dobras e um saco de roupa

23 Maio 2013
Mãe terá vendido um casal de gémeos a troco de 5 milhões de dobras e um saco de roupa
O pai que deu conta da ausência dos gémeos, após uma briga com a mulher, denunciou o caso a Polícia. As crianças terão sido vendidas para uma mulher são-tomense que viajou para o Gabão no passado dia 7, via marítima. Mas nos serviços portuários e aeroportuários não existe qualquer registo da saída das crianças do país.
(Fotografias dos Gémeos – 1, dos pais – 2 e da alegada compradora- 3,  foram extraídas  do Jornal O PARVO)
Apesar da fase sigilosa de investigação do caso, o Téla Nón apurou junto a Polícia de Investigação Criminal, que a Interpol já foi accionada no sentido de ajudar na busca do paradeiro do casal de gémeos, que a mãe Milita Duarte, residente na roça Monte Café, terá vendido para uma senhora são-tomense, a troco de 5 milhões de dobras, cerca de 200 euros, e de um saco de roupas. «As crianças foram negociadas por 5 milhões de dobras e 1 saco de roupa. O pai é que denunciou o caso. Ele e a mulher tiveram uma briga. Ela saiu de casa com as crianças e regressou mais tarde sem as crianças. Daí que ele exigia os seus filhos e ela terá falado do negócio feito», explicou a fonte policial.
A fonte da PIC, garantiu ao Téla Nón, que as polícias de fronteira dos países vizinhos, também foram alertadas sobre o caso. A mãe dos gémeos que foi constituída arguida, estando neste momento sob título de identidade e residência, garante que os gémeos viajaram no passado dia 7 de Maio, no barco “Liliana Carneiro” que deixou o porto de São Tomé rumo ao Gabão, na companhia da compradora, por sinal uma senhora são-tomense cujo nome não foi divulgado pela fonte policial.
No entanto a Polícia dá conta de um facto insólito. É que nos serviços portuários e aeroportuários do país, não existe qualquer registo da saída das duas crianças de 4 meses de idade. Outra nota importante que a fonte policial revelou para o Téla Nón, é o facto da tal senhora são-tomense que regularmente vem ao país, utilizar o transporte aéreo na vinda a São Tomé, e barco para o regresso ao Gabão. « Ela vem de avião e sai do barco, é são-tomense. Por via marítima as hipóteses de controlo são menores. As crianças não estão registadas no livro de saída do aeroporto nem do porto», precisou a fonte policial.
A fonte da polícia de investigação criminal, suspeita não ser a primeira vez que a senhora viajante entre o Gabão e São Tomé e Príncipe, leva crianças são-tomenses, para o país vizinho. «Não se pode comprar pessoas, isso é claramente trafico de pessoas», pontuou a fonte.
Enquanto isso a mãe(na foto ao lado do marido) que terá negociado os filhos, a senhora Milita Duarte, em entrevista a TVS, reconheceu que assinou um documento, para transacção dos gémeos. «Sim eu assinei o meu nome de casa», disse e mãe.
A mesma mãe declarou na TVS que deu os filhos, a tal senhora viajante, porque «Não tenho condições, eu dei criança para ela ajudar-me com a criança», frisou.
A senhora Milita Duarte disse também que foi enganada. O pai do casal de gémeos, não quer saber de mais nada, a não ser do destino dos seus filhos, que mesmo na pobreza seriam educados.
Note-se que há poucos anos, duas crianças desapareceram no país, sem deixar qualquer rasto até o dia de hoje.

Miss São Tomé e Príncipe em Cabo Verde apoia população pobre das Roças


Miss São Tomé e Príncipe em Cabo Verde apoia população pobre das Roças
Crianças e adultos carenciados de pelo menos 5 roças de São Tomé, estão a receber ajuda em materiais didácticos, vestuários e calcados. Ajuda resultante de uma campanha lançada por Ivanilda Leite(na foto), Miss eleita no seio da comunidade são-tomense em Cabo Verde.
Evanilda Leite, eleita em Dezembro de 2012, Miss da Comunidade São-tomense em Cabo Verde, é a mentora do projecto de apoio social, a favor das populações mais carenciadas das roças de São Tomé. Nascida na cidade da Trindade, neta de cabo-verdianos que viviam na roça Milagrosa, Evanilda Leite, beneficiou de uma bolsa de estudos do Governo cabo-verdiano. Formou-se em Ciências Sociais.
Com o título de Miss de São Tomé e Príncipe, em Cabo Verde, lançou a campanha de solidariedade, designada “Esperança no Sorriso”, para dar um pouco de alegria aos são-tomenses qe vivem nas roças onde a pobreza parece ser mais profunda. «Sabemos que a comunidade cabo-verdiana e não só vive numa situação menos favorecida. Concerteza que vamos criar novos projects para os próximos anos», referiu Ivanilda Leite, quando distribuia roupas e calçados na comunidade da Ribeira Palma, o norte da ilha de São Tomé. .
A Associação da Comunidade são-tomense em Cabo Verde, é parceira da Miss na campanha de solidariedade. João Martins de Pina, Presidente da Associação, faz parte da delegação de são-tomenses radicados em Cabo Verde, que trouxe ajuda para os mais pobres das roças. «Como são-tomenses que somos damos atenção aos são-tomenses radicados ekm Cabo verde como os que residem cá na terra. Por isso esta campanha de solidariedade. Há muitas dificuldades nas roças. Ultimamente vimos uma reportagem sobre a comunidade de Anselmo Andrade, que me chocou imenso. Por isso estamos a fazer esta campanha apenas para as comunidades das roças», pontuou.
A comunidade da Ribeira Palma localizada a cerca de 20 quilómetros da capital São Tomé, foi beneficiária da ajuda assim como Santa Clotilde, localizada mais ao norte antiga dependência da Roça Diogo Vaz.
A organização promete levar materiais didácticos, roupas e calçados para mais três comunidades do distrito de Mé-Zochi no centro da ilha de São Tomé.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Jogos da divisao


10 Maio 2013
UDRA vence Aliança e ascende à  segunda posiçao
UDRA, foi ao terreno da Aliança Nacional de Pantufo,  vencer a equipa, local esta quarta feira, 08, por quatro bolas a duas, e sobe a segundaposição na tabela classificativa, do campeonato nacional da primeira divisão, no jogo  que encerrou a jornada número 4.
Recorde-se, que no sábado, 04, o Sporting Clube da Praia, ascendeu a liderança  solitária da prova campeonato nacional da primeira divisão. A formação comandada pelo técnico Tó Adão, venceu o Desportivo de Guadalupe, Por duas bolas sem respostas. Os leões do mar, é a única equipa que soma 4 vitorias, das quatro jornadas já realizadas.
Com, este jogo desta quarta feira, a quarta jornda está completa.
UDRA – Aliança Nac. Pantufo, 4-2
Sporting da Praia Cruz – Desp. Guadalupe, 2-0
UDESCAI – Riboque, 2-2
Caixao Grande – Juba de Diogo Simão, 2-2
Cruz Vermelha – Oque Del Rei, 1-3
A tabela de classificação está da seguinte forma:
Jogos      Vit.     Emp.    Derrt.                     GM             G.S Pontos
1º        P. Cruz            4          4          0            0                 12                7         12
2º  C. GRANDE          4          2          2            0                 10               4            8
3º      UDRA              4         2          2            0                  8                4            8
4º  Guadalupe           4          2          0            1                 5                   7           8
5º      Riboque           4          3          2            0                 7                   6           6
6º       Udescai           4          1          2            1                 6                   7          5
7º        Aliança           4          1          1            2                 8                  10         4
8º Oque Del Rei        4          1          0            3                 5                  11         3
9º             Juba           4          0          1            2                 7                   9           2
10º C. Vermelha       4          0          0            3                 3                  10 0
Santana segue a Proeza de Praia Cruz na 2ª divisão
O Santana Futebol Clube, segue a mesma pisada, do Sporting da Praia Cruz. Na segunda divisão, a quipá da capital de Cantagalo, soma expressos 12 pontos, somando e, totalizando, quatro jogos e quatro vitórias.
No último final de semana, a equipa de galo cantá, deslocou a capital do país, onde venceu a formação dos militares, 6 de Setembro, por duas bolas sem respostas.
A 4ª jornada, da segunda divisão, produziu os seguintes resultados.
Desportivo de Correia – Sporting de S. Tomé, 5-1
6 de Setembro – Santana, 2-0
Ribeira Peixe – Agrospor de M. Café, 1-2
Inter de Bombom – Amador de A. Neto, 1-1
Neves – Trindade, 2-1
Classificação da 2ª Divisão, após a 4ª jornada:
Jogos   Vitórias  Emp.    Derrotas  GM     G.S        Pontos
1º        Santana          4          4          0          0               12     10         12
2º        Correia           4          3          0          1                14     6            9
3º        Trindade        4          3          0          0                11     4             9
4º        6 Setembro    4          3          0          0                10     9            9
5º         Neves                        4         3          0          1                 7        4           9
6º        Amadora        4          1          2          2                 6        8           4
7º        Agrosport      4          1          1          2                 4        6           4
8º        Bombom        4          0          2          2                 5        6           2
9º        Sporting         4          0          0          3                  3       9          0
10º      R. Peixe          4          0          0          4                  4       14         0