terça-feira, 28 de maio de 2013

Instituto da Droga e da Toxicodependência denuncia aumento do consumo da cannabis e trafico da cocaína

Instituto da Droga e da Toxicodependência denuncia aumento do consumo da cannabis e trafico da cocaína

28 Maio 2013

Instituto da Droga e da Toxicodependência denuncia aumento do consumo da cannabis e trafico da cocaína
Nos últimos dois anos, São Tomé e Príncipe, conheceu importante subida de consumo da cannabis. O instituto registou 200 jovens consumidores, contra apenas 57 no ano 2010. Trafico da cocaína tornou-se nos últimos dois anos, numa realidade que segundo o Instituto não pode ser ignorada.
O aumento da criminalidade, sobretudo de carácter violento, que se começou a registar com maior evidência no país desde 2011, tem por sinal um combustível muito forte, a DROGA. O Instituto da Droga e da Toxicodependência, através da sua Directora Ivete Lima, mostrou no programa “Cartas na Mesa” de São de Deus Lima, os números que confirmam a explosão do consumo e trafico de drogas em São Tomé e Príncipe nos últimos dois anos.
Segundo a Directora Ivete Lima, até o ano 2010, o Instituto registava entre 20 à 57 consumidores da cannabis. Nos últimos 2 anos, o consumo da cannabis disparou. «Neste momento temos cerca de 200 jovens e estes são os que foram identificados, com idades compreendidas entre os 16 e os 36 anos que são consumidores», precisou a Directora do Instituto da Droga e da Toxicodependência.
Nos últimos 2 anos, a droga avançou para as escolas, chegou aos agricultores e conquistou os motoqueiros. Estratos sociais em que o Instituto tem registado bom número de consumidores. No fundo em 2 anos a droga infestou a sociedade de forma surpreendente.
O instituto indicou o distrito de Mé-Zochi, como principal centro de plantio da cannabis e o distrito de Água Grande, como a região onde há mais postos de trafico e de venda.
Por outro lado nos últimos 2 anos «o trafico da cocaína se tornou numa realidade que não pode ser ignorada», assegurou a  Directora do Instituto da Droga e da Toxicodependência.
Lázaro Afonso, criminologista, ex-Director da PIC, que nos últimos 2 anos, liderou a secção da Polícia de Investigação Criminal, sobre drogas foi peremptório. «Sabemos que tem entrado a cocaína no país. Parte fica, parte sai. É verdade que sai em pequenas quantidades para não levantar suspeitas», referiu.
Desde finais de Setembro do ano 2012 que chegaram a redacção do Téla Nón, dados de fontes policiais bem posicionadas, que incluem pessoas influentes, algumas nacionais, outras estrangeiras e estrangeiros naturalizados são-tomenses numa rede internacional de tráfico de droga(cocaína) que tem São Tomé e Príncipe como uma das âncoras de conexão.
Prova da operacionalidade da rede, segundo a fonte policial, foi a detenção de pessoas que transportavam cocaína no organismo, as chamadas Mulas. Nos últimos dois anos, o cheiro da cocaína pura, tornou-se mais forte em São Tomé e Príncipe, como ponto de entrada e passagem para outros mercados, e o fumo da cannabis mais intenso, nos bairros residenciais, discotecas, e outros locais, estimulando assaltos a luz do dia e outros crimes violentos.
Em Setembro de 2012, a fonte policial que conversou com o Téla Nón, recordou que a situação que hoje se vive na Guiné Bissau, teve um começo igual, a que se regista em São Tomé e Príncipe. Talvez por isso, os convidados do Programa “Cartas na Mesa”, foram unânimes em considerar que o crescente consumo e trafico de drogas, « pode por em causa a nossa democracia».

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