quinta-feira, 23 de maio de 2013


Mãe terá vendido um casal de gémeos a troco de 5 milhões de dobras e um saco de roupa

23 Maio 2013
Mãe terá vendido um casal de gémeos a troco de 5 milhões de dobras e um saco de roupa
O pai que deu conta da ausência dos gémeos, após uma briga com a mulher, denunciou o caso a Polícia. As crianças terão sido vendidas para uma mulher são-tomense que viajou para o Gabão no passado dia 7, via marítima. Mas nos serviços portuários e aeroportuários não existe qualquer registo da saída das crianças do país.
(Fotografias dos Gémeos – 1, dos pais – 2 e da alegada compradora- 3,  foram extraídas  do Jornal O PARVO)
Apesar da fase sigilosa de investigação do caso, o Téla Nón apurou junto a Polícia de Investigação Criminal, que a Interpol já foi accionada no sentido de ajudar na busca do paradeiro do casal de gémeos, que a mãe Milita Duarte, residente na roça Monte Café, terá vendido para uma senhora são-tomense, a troco de 5 milhões de dobras, cerca de 200 euros, e de um saco de roupas. «As crianças foram negociadas por 5 milhões de dobras e 1 saco de roupa. O pai é que denunciou o caso. Ele e a mulher tiveram uma briga. Ela saiu de casa com as crianças e regressou mais tarde sem as crianças. Daí que ele exigia os seus filhos e ela terá falado do negócio feito», explicou a fonte policial.
A fonte da PIC, garantiu ao Téla Nón, que as polícias de fronteira dos países vizinhos, também foram alertadas sobre o caso. A mãe dos gémeos que foi constituída arguida, estando neste momento sob título de identidade e residência, garante que os gémeos viajaram no passado dia 7 de Maio, no barco “Liliana Carneiro” que deixou o porto de São Tomé rumo ao Gabão, na companhia da compradora, por sinal uma senhora são-tomense cujo nome não foi divulgado pela fonte policial.
No entanto a Polícia dá conta de um facto insólito. É que nos serviços portuários e aeroportuários do país, não existe qualquer registo da saída das duas crianças de 4 meses de idade. Outra nota importante que a fonte policial revelou para o Téla Nón, é o facto da tal senhora são-tomense que regularmente vem ao país, utilizar o transporte aéreo na vinda a São Tomé, e barco para o regresso ao Gabão. « Ela vem de avião e sai do barco, é são-tomense. Por via marítima as hipóteses de controlo são menores. As crianças não estão registadas no livro de saída do aeroporto nem do porto», precisou a fonte policial.
A fonte da polícia de investigação criminal, suspeita não ser a primeira vez que a senhora viajante entre o Gabão e São Tomé e Príncipe, leva crianças são-tomenses, para o país vizinho. «Não se pode comprar pessoas, isso é claramente trafico de pessoas», pontuou a fonte.
Enquanto isso a mãe(na foto ao lado do marido) que terá negociado os filhos, a senhora Milita Duarte, em entrevista a TVS, reconheceu que assinou um documento, para transacção dos gémeos. «Sim eu assinei o meu nome de casa», disse e mãe.
A mesma mãe declarou na TVS que deu os filhos, a tal senhora viajante, porque «Não tenho condições, eu dei criança para ela ajudar-me com a criança», frisou.
A senhora Milita Duarte disse também que foi enganada. O pai do casal de gémeos, não quer saber de mais nada, a não ser do destino dos seus filhos, que mesmo na pobreza seriam educados.
Note-se que há poucos anos, duas crianças desapareceram no país, sem deixar qualquer rasto até o dia de hoje.

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