segunda-feira, 27 de maio de 2013

Dia de África é “um símbolo de liberdade”

Dia de África é “um símbolo de liberdade”

27 Maio 2013

Dia de África é “um símbolo de liberdade”
Na mensagem por ocasião do dia do continente africano celebrado na última sexta – feira, o Presidente da República Manuel Pinto da Costa, considerou 25 de Maio como um símbolo do “querer e da vontade inabalável dos povos Africanos encontrarem o seu caminho, fazerem as suas escolhas e, assim, conquistarem o seu destino”.
Mensagem de Sua Excelência o Presidente da República, Dr. Manuel Pinto da Costa, por ocasião do Dia de África
25/05/2013
Celebra-se hoje o dia de África, data que assinala o nascimento em 1963 da Organização da Unidade Africana.
Mais do que uma data este dia é um verdadeiro símbolo.
Um símbolo de liberdade, de querer e da vontade inabalável dos povos Africanos encontrarem o seu caminho, fazerem as suas escolhas e, assim, conquistarem o seu destino.
É, sobretudo, um símbolo da luta dos povos do continente Africano pela sua independência e pelo seu direito natural à autodeterminação.
Quando em 25 de Maio de 1963, 32 Chefes de Estado reunidos em Adis Abeba, decidiram constituir a Organização da Unidade Africana, hoje em dia União africana, estavam, ao mesmo tempo, a construir um marco que permanecerá para sempre na história universal como um sinal inequívoco da vontade dos povos Africanos de tomarem o futuro nas suas mãos.
Essa é uma ideia que persiste até aos nossos dias e uma conquista irreversível que temos que saber preservar e merecer.
A solidariedade entre os povos deste vasto continente, o segundo em população e extensão no mundo, pode e deve constituir o cimento que há-de permitir ao nosso continente ocupar o lugar que merece neste mundo globalizado e em que o multilateralismo deve prevalecer nas relações internacionais.
50 anos depois desse movimento que conduziu à libertação política de todo um continente continuam a persistir graves dificuldades que não podemos omitir.
Não podemos nem devemos ignorar os milhões de Africanos que ainda sofrem diariamente as consequências do subdesenvolvimento.
A fome e a miséria, as doenças endémicas, que ainda afectam largas camadas das populações, as mudanças políticas inconstitucionais, o impacto das mudanças climáticas, são alguns sinais incontornáveis da existência de um longo caminho a percorrer para que África alcance a sua a total emancipação traduzida em desenvolvimento e bem-estar dos seus povos.
Mas não nos podemos também esquecer que a conquista desse valor supremo da condição humana que é a Liberdade é a base que tudo torna possível e que, dessa forma, alimenta a confiança e a esperança num futuro de prosperidade para todos os filhos deste continente imenso que foi o berço da humanidade.
Ao celebrarmos este dia histórico do Jubileu da União Africana honremos a memória de todos, os que com a sua acção lutaram e continuam a lutar pela dignidade e identidade do nosso continente,  recordando nomes como Kenyatta, Abrahams, Selassié, Nasser,  Azikiwe,  Nyerere,  Kaunda,. NKrumah, Touré, Cabral, Bella, Mondlane, Bourguiba, Neto, Lumumba, Mandela e tantos outros que constituem verdadeiros exemplos para as novas gerações da luta pela concretização de um ideal de paz, concórdia, união, solidariedade e desenvolvimento que temos de renovar permanentemente.
Celebremos pois este dia da libertação de África com orgulho, o orgulho de sermos Africanos.
Essa será, hoje e sempre, a melhor forma de honrarmos todos aqueles que deram a sua vida pela nossa liberdade.

 Hernane Ramos

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